13 Reasons Why [ texto dissertativo ]

4.5.18
13 reasons why foi uma hype. O facebook estava lotado de compartilhamentos e todo mundo não parava de falar sobre esta nova série produzida pela Netflix que foi lançada completa na plataforma dia 31 de março de 2017. Tanto, que muitas pessoas se irritaram com toda essa "modinha", mas não importa. A moda passou e logo chega a segunda temporada, mas o motivo que me fez finalmente postar foi o fato de eu estar escutando tanto sobre suicídios ultimamente. Pessoas famosas, pessoas próximas, conhecidos... Este texto não tem a intensão de ser uma resenha crítica, mas sim um texto dissertativo!


Posters



Sinopse
(tirada do netflix)

    Depois do suicídio de uma companheira de classe, um garoto recebe uma série de fitas cassetes que revelam porque ela tomou esta trágica decisão.

Baseado em: Thirteen Reasons Why de Jay Asher
Diretor: Tom McCarthy (Spotlight)
Produtores executivos: Tom McCarthy, Selena Gomez, Joy Gorman, Michael Sugar, Steve Golin, Mandy Teefey e Kristel Laiblin
Roteiro por: Tony e Brian Yorkey (Next to Normal)
Número de episódios: 13 (1ª Temporada)
Duração: 49~61 minutos


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Antes de mais nada eu quero salientar que este post está CHEIO de opiniões pessoais minhas, de como EU encarei e vi esta série (sem necessariamente argumentos lógicos). E também tem minhas experiências. Ou seja, post pesado que pode não fazer bem!
Caso discorde ou até mesmo se indigne, saiba que você tem todo direito a sua opinião e ainda incentivo a comentar! O mesmo se concorda.

Quando eu ouvi que este livro ia ser adaptado, a primeira coisa que eu soube é que tinha algo a ver com Selena Gomez. Não surpreendeu, mas quando vi que falava sobre bullying, depressão e suicídio, eu corri para saber mais. Por que? Porque eu já passei por isso.

Hannah Baker está morta. Ela se matou e chocou a todos com seu fim trágico. Ou não? Sua morte, porém, não foi o fim. Hannah deixou para trás seis fitas cassetes com treze gravações (lado A e lado B) e o desejo de que pessoas específicas as recebessem e as passassem para frente. Nestas fitas, Hannah compartilha, a cada gravação, segredos e pensamentos. Cada gravação é sobre uma pessoa e o papel dela em sua decisão final. Para garantir que as fitas cheguem a todos, ela também deixa cópias com uma pessoa de confiança para que, caso não sigam suas regras, a verdade das fitas seja expostas.

O tema central de 13 reasons why não é agradável. E nem é para ser. Apesar de prender a atenção do expectador e cativar, a série aborda temas delicados que podem ser desconfortáveis de se ver em alguns momentos - algo que, segundo os verdadeiros produtores, foi planejado. 

Mas não feche os olhos. 

Apesar de ser uma série, esta pode ser a realidade de muitas pessoas.

Uma das grandes polêmicas da série é o fato dela ter "triggers", acontecimentos / pensamentos / etc que servem como um gatilho e afetam negativamente as pessoas.

A(o) usuaria(o) do twitter @thinexistence postou uma lista com os gatilhos importantes encontrados por ela e essa foi a lista mais compartilhada que eu encontrei. Nela é indicado a presença de abuso sexual, cortes/cicatrizes + sangue, estupro, suicídio, paranoia, luto, pensamentos suicidas, sexo, objetificação, entre outros, nos episódios, sendo maior parte sem aviso nenhum.

O que nos leva a outra polêmica: a série não segue as três recomendações da OMS sobre como abordar a depressão, o suicídio e todos estes temas. Elas são:

1) evitar romantizar o ato do suicídio; 
2) evitar retratar o suicídio como uma resposta aceitável às dificuldades; 
3) evitar incluir o método, local ou detalhes da pessoa que faleceu.

Além destas, as pessoas tem mencionado:
> O Efeito Werther, que é quando algo, geralmente relacionado a suicídio, inspira outros suicídios;
> Que a série é sobre vingança (da Hannah);
> Que a série coloca o suicídio como opção;
> E que a série não é oferece nenhuma saída e nem indica centros / instituições / locais que possam auxiliar a pessoa com depressão.

Muitas pessoas argumentaram sobre a periculosidade da série, mas a verdade é que, não dá para dizer com absoluta certeza se a série vai fazer bem ou mal a alguém. Cada um reage de forma diferente as coisas e lida com elas a sua própria maneira.

A série particularmente me deixou mal, mas eu ficaria mais perturbado se eu tivesse assistido tudo e ficado bem. Por que?

13 Reasons Why aborda temas sensíveis, como eu disse anteriormente, e nos entrega tudo junto em um pacote - uma verdadeira bofetada. Temas que incomodam, que são feios, que maior parte das pessoas não vê tanto no dia a dia e por isso é fácil esquecer que existem. 

Não tem como falar sobre depressão e suicídio de verdade sem se sentir ao menos um pouco incomodado. Não se você estiver falando sobre eles de verdade.

Não tem como entender como alguém está assim que chegou ao seu limite sem se sentir incomodado. 

Entender os motivos de uma pessoa envolve empatia, se por no lugar do outro, e, obviamente, o lugar de alguém que está sofrendo e escolheu o suicídio NÃO é confortável.

Eu me identifiquei com a Hannah em várias situações e não foi fácil. Não mesmo. 

Assistir a série foi, em muitos momentos, como ler um diário escrito por mim enquanto passava por situações parecidas. Ao mesmo tempo que foi tenso, foi real. A impressão é que a história não criada por alguém que acha que sabe como é a depressão, mas sim por alguém que sabe o que é depressão, que passou por isso também.

E penso que foi tão bem feito que até pessoas que nunca passaram por isso se sentiram mal porque foram capazes de entender como aquelas situações podem levar alguém para o fundo do abismo.

Então... Fiquei mal, respirei fundo, refleti e superei da mesma forma como sempre faço, pois para mim, a depressão (junto com seus amiguinhos, porque desgraça que é boa sempre em acompanhada) é uma batalha diária - muitas vezes vindas do nada e sem motivo aparente. Esta foi minha posição, de alguém que já está na luta há mais de 10 anos.

Não tenho sombra de dúvidas, porém, que há pessoas mais sensíveis que eu, que lutar para sair dessa areia movediça foi/é mais difícil. Nestes casos, a pessoa tem que ter consciência de sí mesma, saber quando lutar e quando fugir. Se acha que não vai fazer bem de jeito nenhum, evita. Se acha que aguenta, vai em frente, mas fique de olho (porque a precaução morreu de velha). Empatia pode ser algo maravilhoso, mas nada em excesso faz bem.

No mais, neste ponto, penso que não devemos acreditar que suicídio seja uma conduta imitativa de algo que se tenha visto em um jogo, em uma série ou em um livro. Suicídio é o último ponto de um longo processo que leva tempo e deixa sinais. O que se pode imitar é o "método". (este ponto me lembra da época que estavam culpando jogos como GTA e outros por incitar violência e causar comportamentos desviados nos jovens...).

Claro que, o fato de eu achar a série boa (embora possa fazer mal), não quer dizer que ela não tem falhas.

Faltou avisos, faltou indicações de onde pedir ajuda, faltou várias coisas, embora não sei se fosse fazer as pessoas se sentirem menos mal.

No desenvolver dá série, eu senti muito a falta de um desenvolvimento mais gradual do estado mental da Hannah. Embora eles tenham deixado os eventos de forma gradual, o pensamento não seguiu assim. Vemos Hannah falando de algo que aconteceu, como aquilo a afetou de forma geral, mas não como isso foi afetando a forma dela pensar sobre as coisas. Por exemplo, vemos a Hannah dizendo que precisava dos bilhetes com elogios e bons pensamentos, mas não parecia exatamente assim - não sabíamos exatamente como estava a cabeça dela naquele momento. Sabemos o motivo que a deixou daquele jeito, mas não como ela a cabeça dela a levou até ali.

Isso bate muito com o que algumas pessoas falam quando alguém que conhecem se suicida: "Ela não parecia que estava tão ruim" ou "foi inesperado". Muitos suicidas tem tendência a esconder e os que não escondem tem muitas chances de não serem percebidos ou levados a sério. A depressão não fica estampada na cara das pessoas. Ela está nos detalhes, aqueles que a maior parte das pessoas não presta atenção. O que me faz lembrar de um diálogo do primeiro episódio:

Clay = C
Tony = T
C: Que p**** é essa, Tony?
T: Oi, Clay.
C: Qual é o lance? Qual é o seu papel em tudo isso?
T: Não estou nas fitas, se é o que está perguntando.
C: Você a ajudou a fazer isso?
T: Não, eu não ajudei.
C: Você sabia que ela ia fazer isso?
T: Não.
C: Então como diabos…
T: Ouça as fitas, Clay.
C: Isso é tudo que vou conseguir? (That’s all I’m gonna get?)
T: Hannah queria que fosse assim.
C: Como você sabe?
T: Não posso dizer, você precisa ouvir.
C: E se eu não ouvir? E se eu não conseguir?
T: Então só vai piorar. Acredite em mim.
C: Pior que a Hannah estar morta?

T: Te vejo por aí, Clay.

Talvez seja um exagero ver desta forma, não sei, mas este diálogo (principalmente a parte verde) simplesmente me fez ver isso desta maneira: as pessoas (o Clay no caso) quer as respostas, mas ele não quer ouvir e a Hannah quer ser ouvida.

Um dos meus maiores problemas sempre foi "Eles não estão me escutando!". Dói até lembrar disso, pois eu sentia que não era levado a sério, que ninguém me escutava de verdade. Isso me fazia me sentir desprezado. Eu falava "Não estou bem. Não faça isso." e as pessoas pareciam "Ah, ok" e voltavam a fazer. Como se esperassem que algo trágico acontecessem para me levarem a sério...

É importante entender uma coisa: maior parte dos suicidas NÃO querem morrer de verdade. As pessoas só chegam a isso pois não conseguem ver outra saída. Conseguem imaginar um sofrimento tão grande que a morte se torna a única escapatória, uma solução menor dolorosa? É isso. Isso é a depressão - ou uma das piores partes dela pelo menos. Ela te faz pensar que o suicídio é uma solução - algo que, claro, ninguém recomenda. Não, eu não estou dizendo que suicídio é uma solução, mas é mais fácil falar do que fazer. Eu posso vestir a roupa do senhor moralista e pregar a palavra do "eu sei melhor do que você", mas eu não vou ser hipócrita. De fato, discutir este ponto é dificílimo para mim, ainda mais que minha opinião é bem "polêmica".

A depressão também não é necessariamente constante, ela pode ir e voltar várias vezes e nesse meio tempo, é possível ter momentos agradáveis e até felizes (okay, a verdade é que ninguém é feliz 100% do tempo - é preciso un equilíbrio). A minha começou na adolescencia, provavelmente consequência de, entre muitas outras coisas, a soma de bullying + parentes ausentes. Minha autoestima foi para o espaço, sentia que não podia confiar en ninguém e em algum momento eu parei de viver, estava apenas tentando sobreviver. 

Com o decorrer da história, algumas coisas ficam... Difusas? Quem está falando a verdade? Aconteceu tudo desse jeito mesmo?

Como toda história narrada em primeira pessoa, a narração não é 100% confiável. O personagem está expondo seus pensamentos e como ele/a viu / percebeu a cena. Entra naquela temática meio filosófica de que não existe apenas uma verdade, mas várias. Se cinco pessoas estão presenciando uma cena, temos pelo menos cinco verdades sobre o que ocorreu. Não porque alguém está mentindo ou com más intenções, mas simplesmente porque cada um percebe as coisas de maneira diferente.

Memórias também podem ser alteradas com o tempo e a depressão não ajuda. Como por exemplo com o Zach. A cena que aparece para nós é dele amassando e jogando no chão a carta que a Hannah deixou para ele, mas no final vemos que a carta está com ele e apenas com uns leves amassados.

E aqui entra outro tema discutido da série que foi sobre falar sobre vingança... E de novo minha opinião é polêmica...

Minha primeira tentativa de suicídio foi por vingança. Eu queria me vingar dos meus pais por tudo que me fizeram sofrer, então eu escrevi uma carta culpando eles por tudo e descrevendo passo a passo o que eu estava fazendo. Eu queria que eles sofressem o que eu sofri pelo resto da vida deles. Queria que finalmente me enxergassem e vissem o que eles fizeram comigo e no que tudo aquilo me tornou: o monstro eu.

Então, yeah, vingança. Para mim, era tudo o que tinha sobrado, mas morte não apaga o passado, não converte ruim em coisas boas. Vingança ainda é vingança. Acontece. Mesmo quando a pessoa que está fazendo isso se enganou com alguma coisa. É possível. Não vou dizer que é certo ou errado alguém sentir o que sente - acho que esse tipo de coisa deve ser conversado e não julgado, ninguém deve se sentir culpado por sentir o que sente.

Tornar algo "taboo", evitar, fingir que não existe, nada disso torna as coisas melhores. Citando Harry Potter, "medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa". Hannah se suicidou, mas ela não era perfeita. Ela deixou sua vingança para as pessoas que ela escolheu e provavelmente veremos o rastro de destruição desta decisão dela na segunda temporada.

E agora tenho duas passagens do episódio 3:

1( Alex = A | Clay = C ):
A: Você quer pensar que o que fez não pode ter sido o motivo de a Hannah se matar, mas a verdade é que fiz aquilo. Eu matei Hannah Baker! E Justin matou Hannah Baker. E a Jessica. E você. Nós matamos Hannah Baker.
C: Talvez você precise de um chá de camomila.
A: Porque as pessoas estão ouvindo? Pena que ninguém prestou atenção antes.

2 ( T = Tony | Para Clay ): 
T: A Hannah ficou magoada. Acontece. Nunca realmente como as coisas são. Nunca sabemos sobre a vida do outro.

A primeira coisa a dizer: ninguém matou Hannah Baker, ela se matou. Foi um suicídio. Foi a escolha dela assim como foi já minha escolha. Consequência de várias coisas com certeza, mas matar a sí mesmo é uma escolha que só a pessoa pode fazer.

Quanto aos motivos, há tantas variáveis. Se fosse realmente para apontar dedos, se passariam dias fazendo isso. Professores, outros alunos, pais... Seriam muitas mais fitas. Cada pessoa, apesar de viver em sociedade, está dentro de seus próprios mundos com seus problemas e preocupações. Quem faz esquece, mas quem recebe não...

Mas no fim shit happens. A vida não é perfeita, alias, as vezes ela é uma merda. Não vou arranjar desculpas. Mas isso não quer dizer que ela não valha a pena ser vivida. Precisamos aprender a lidar com as coisas que não conseguimos.

E sobre culpa?

Na lógica da Hannah ninguém escapa, né? Quem fez muito, quem fez pouco, quem não fez nada. Foi mesmo por isso que aquelas pessoas foram parar naquelas fitas? Por que não falar sobre as outras pessoas que também a afetaram? 

A dor é sempre maior quando vem de alguém que confiamos (ou devíamos confiar). Pessoas das quais não esperávamos determinada ação. Até que ponto isto é fruto da nossa expectativa e até que ponto e consequência do outro?

A série passa muito tempo falando sobre culpa. De quem é a culpa? Foi minha? Foi sua? Talvez tenha sido de todos? Talvez não tenha sido de ninguém? É um tema tão complicado e tão doloroso. Ninguém quer ser o culpado. Ninguém quer se sentir culpado. Mas é muito mais fácil buscar culpados. Culpar alguém.

Como eu disse antes, cada um vive em seu mundo (mesmo que em sociedade). Todo mundo tem seus problemas, suas preocupações, suas vidas, e não é justo comparar ou julgar a dor de um com a do outro, os problemas de um com os de outro, e por assim vai. Não é uma competição.

Cada pessoa é única. Duas pessoas podem serem magoadas com exatamente as mesmas palavras, mas a dor pode ser completamente diferente. Uma pessoa pode ignorar e deixar tudo para trás como se não fosse nada, mas a outra pode afundar em desespero.

Quanto ao final, quem não quis que a Hannah estivesse viva? Aqui em casa o Hauser disse "Achei a morte dela desnecessária", mas qual morte não é desnecessária para quem se importa com a pessoa? 

Sinceramente, para mim, a base e resumo de tudo é respeito. Você não precisa entender, não precisa fazer sentido para você, não importa. Só é preciso que respeite a pessoa e a dor dela. Não diga coisas como "ela está fazendo drama", "mas ela tem tudo!", "porque na minha época...", "fulano passou por isso também e não ficou desse jeito". NÃO. Ok?

Eeeeee, não vou mais prolongar este post. Ele está longe de estar completo, mas depois de tantas fugidas e voltadas, temo que não conseguirei me manter no tema por muito mais tempo. Altas chances de eu voltar e editar umas mil vezes este post, mas enfim! Deixo um texto muito bom para reflexão que sempre me ajuda (é quase um ritual lê-lo todos os anos).

"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!" - Veronica Shoffstall

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